sábado, 20 de agosto de 2016

15º Dia: Passa Quatro à Guaratinguetá

Caminho Velho da Estrada Real-Passa Quatro
No último final de semana, 20 e 21, fizemos a penúltima etapa do Caminho Velho da Estrada Real. O que era até certo ponto uma utopia está se concretizando e virando já saudades. Em breve fecharemos mais o segundo caminho da Estrada Real, pois já fechamos o Caminho dos Diamantes que leva de Diamantina à Ouro Preto.

Essa etapa foi realizada entre as cidades de Passa Quatro e Cunha.

Foram planejados 72 quilômetros a serem realizados no sábado, saindo de Passa Quatro e passando por Vila do Embaú e Guaratinguetá. Para o domingo foram previstos a realização de 50 quilômetros entre Guaratinguetá e Cunha.

A viagem

Alegria e descontração dentro da Van
O encontro para a viagem estava marcado para as 21 horas da sexta-feira, 19/08, para que pudéssemos iniciar a viagem às 22 horas. Porém devido à um imprevisto com um dos integrantes, tivemos um atraso de 1:40.

Chegamos em Passa Quatro, desembarcamos as bikes da van e tomamos um café. Com isso iniciamos nosso pedal às 07:40 da manhã, quando o previsto era as 7:00. Devido ao atraso da saída, até que não foi grande a perda que tivemos.

O pedal

Estação Ferroviária de Passa Quatro
Como sempre ocorre em nossas cicloviagens, o pedal começou com muita brincadeira entre os membros do grupo, com muita descontração e alegria. O grupo pedalou muito unido, sem que nenhum membro se distanciasse ou desgarrasse do pelotão.

Fomos 17 ciclistas pelas estradas e rodovias entre Passa Quatro e Vila do Embaú com muita organização e harmonia.

Logo no início do dia, encontramos com um ciclista que estava fazendo o trajeto sozinho. Conversamos com ele um pouco e seguimos pedalando pela Estrada Real. Esse ciclista estava com uma bicicleta bem modesta e com bastante peso, mas nos seguiu o dia todo.

Coincidentemente, o Demis, esse é o nome do nosso novo amigo, pernoitaria também em Guaratinguetá e no mesmo hotel que nosso grupo.

Ele sempre estava conosco, apesar de não no nosso grupo. Ele sempre nos passava em algum ponto e nós o passávamos em outros locais. A disciplina e determinação dele são fantásticas.

Mirante Nossa Senhora da Conceição
Paramos no mirante de Nossa Senhora da Conceição, para fotos e um pequeno momento de oração, que se encontra na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Pela primeira vez deixamos a nossa tão querida Minas Gerais e na Estrada Real agora só quando formos fazer o Caminho do Sabarabuçu ou Caminho Novo. Nessa etapa nos manteremos em SP e na próxima e última etapa iniciaremos em SP e finalizaremos no RJ.

Descemos para a trilha da Garganta do Embaú que é o ponto mais baixo da Serra da Mantiqueira. Esse trecho é muito divertido e emocionante, pois conta com uma descida muito forte e ingrime com muita necessidade de habilidade com a bike, uma vez que tem muita curva, muito cascalho solto, pedras grande e muito buracos.

Garganta do Embaú - Vista do Mirante N. Sra. Conceição
Nesse trecho de 3,5 quilômetros, tivemos um acidente com um membro da equipe. Uma de nossas integrantes perdeu o equilíbrio na descida e, infelizmente, veio a sofrer uma queda onde sofreu pequenas escoriações pelo corpo e rosto. Graças à Deus não sofreu nenhum dano maior.

Imediatamente o responsável por fechar o grupo informou, via rádio, do acidente e paramos para esperar que os primeiros atendimentos fossem realizados. Nossa colega estava um pouco confusa no momento, mas fizemos a limpeza dos locais escoriados e curativos para prosseguirmos nossa expedição.

Logo à frente chegamos na Vila do Embaú, onde aproveitamos para descansar, lanchar e refazer os curativos em nossa colega que sofrera a queda.

Os primeiros 33 quilômetros do dia foram cumpridos com um tempo muito bom e estávamos todos muito animados à continuar até Guaratinguetá, onde encontraríamos com nossa van de apoio e descansaríamos para o próximo dia de desafio.

Recompostos, seguimos nosso percurso via Estrada Real. Animados com a possibilidade de chegarmos mais cedo que o planejado, uma vez que a parte mais difícil seria esse que finalizamos.

Bike de Elite no Caminho Velho da Estrada Real
Esse trecho mescla estrada de terra e de asfalto. O que nos preocupou muito foi que os trechos em asfalto não tem acostamento e muitos carros passam perto de nós. Por sermos um grupo grande, o risco de acidente preocupante.

Contudo, o trajeto não exige técnica dos ciclistas e conseguimos manter uma velocidade de pedalada muito agradável. Continuamos com as brincadeiras e diversão. De tempos em tempos parávamos para reagrupar a equipe e pedalarmos com um pelotão mais consistente, minimizando os riscos de acidentes.

Próximo à Lorena, passamos direto na entrada à direita que deveríamos fazer e seguimos mais ou menos 2 quilômetros errados. Até que ao verificar o GPS percebemos o erro e retornamos.

O erro muito se deu devido ao marco 1252 está caído e escondido na entrada da estrada de terra com muito movimento de caminhões. Esse é um ponto de atenção que passamos para a equipe do Instituto Estrada Real.

Entramos nesse trecho de estrada de terra que tem um grande fluxo de caminhões e alguns caminhoneiros não foram muito amigáveis conosco, nos fazendo passar algum aperto (ou como dizemos no meio do ciclismo, passamos rôia).

Desse ponto em diante, seguimos ora por trechos de asfalto ora por trechos de terra. É um percurso sem muitos desafios e que pudemos manter um bom ritmo de pedalada, mesmo não deixando o grupo se desgarrar muito.

Chegamos em Guaratinguetá por volta das 14:30 e fizemos uma pequena confusão para irmos rumo à Catedral de Santo Antônio. A confusão foi mais por não nos orientarmos direito no marco no início da cidade. Deveríamos ter seguido na BR e, por orientação de moradores, descemos para pegar a avenida paralela à rodovia. Mas isso não foi tão prejudicial ao grupo, apesar de que o melhor seria seguir as orientações das planilhas e marcos.

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