quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Planejamento da 9ª Etapa

O Desafio 100% Estrada Real está finalizando o Caminho Velho, essa será a última etapa desse caminho.

Nessa oportunidade sairemos de Cunha com destino à Cunha em São Paulo com destino ao ponto final do Caminho Velho, ou seja, Paraty.



Nessa etapa pedalaremos apenas no sábado, pois faltam apenas 57 quilômetros até nosso destino final e término do Caminho Velho da Estrada Real.

O domingo será dedicado a um passeio por Paraty, com retorno previsto para BH por volta das 13 horas.

Será muito importante respeitarmos o horário de saída no segundo dia para evitarmos atrasos ao retornarmos para Belo Horizonte, além do mais nossa reserva no hotel encera-se às 12 horas.

A Concentração



  • Sexta-Feira 16/09/2016:

- Concentração no Ponto de Encontro: 20 hrs
- Previsão de Partida: 21 hrs

O Percurso

A previsão de chegada em Cunha é por volta das 6 horas da manhã e com isso pretendemos iniciar o pedal por volta das 7:00.

Trecho Entre Cunha e Paraty


O trecho mescla asfalto e terra. Os primeiros 7 km são marcados por pequenas subidas, descidas e trechos planos. A partir daí, as subidas tornam-se mais constantes, até atingir 1.450 m de altitude, na divisa dos municípios.   

Ao longo do percurso, passa-se próximo às cachoeiras do Desterro, do Pimenta e do Mato Limpo. A do Pimenta, no km 11,27, tem área de camping, banheiros e lanchonete, aberta aos finais de semana. A queda d'água é acessível em todos os dias. As cachoeiras do Desterro e Mato Limpo não possuem estrutura de apoio ao turista. Para quem segue viagem a pé, a cavalo e de bike há várias opções de hospedagem até a divisa dos municípios. 

Depois da divisa, a descida pela estrada Cunha-Paraty está em péssimas condições. Uma alternativa para quem está de carro é seguir de Cunha para Lagoinha, continuando em São Luís do Paraitinga e até Ubatuba. Até Paraty, são aproximadamente 185 km. 

Para quem vai descer a serra, a sugestão é parar próximo ao segundo marco do Km 38 Estrada Real, à esquerda, onde há um pequeno mirante natural e de onde se avista a bela baía de Paraty.   

Próximo ao km 41, a sugestão é sair da estrada à esquerda e conhecer a Cachoeira da Pedra Branca. No marco 208, há outro ponto que pode valer uma parada: a Igreja da Penha, onde está instalado um totem da Estrada Real. Este ponto também dá acesso à trilha do Caminho do Ouro. Para percorrê-la, é necessário contratar um guia.   

O final do trecho é plano até o centro histórico de Paraty. O último marco da Estrada Real está ao lado do Chafariz do Pedreira. 

No Brasil colonial, era pela atual rua Presidente Pedreira que os tropeiros e viajantes partiam a caminho das Minas Gerais e chegavam para seguir em direção a Lisboa.   

Atenção! A Estrada-Parque Paraty-Cunha RJ 165 está sendo paralisada nos dois sentidos de acordo com a necessidade da obra de asfaltamento. O tempo de paralisação é de até 3 horas por interrupção, podendo ter várias interrupções por dia, tanto no trecho de Cunha quanto no trecho de Paraty. Os objetivos destas paralisações são dar uma melhor produção à obra e, principalmente, manter a segurança do usuário.

Horários

Início do Pedal: 7:00
Previsão de chegada à Paraty: 15:00 

Pontos de Parada

Cachoeira do Pimenta no km 11,27: Banheiros e lanchonete aberta aos finais de semana
Mirante natural no km 38: onde se avista a bela baía de Paraty
Igreja da Penha no marco 208 próximo ao km 41: dá acesso á trilha do Caminho do Ouro
Chafariz do Pedreira: Último marco da Estrada Real

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

16º Dia: Guaratinguetá à Cunha

Catedral de Santo Antônio - Guaratinguetá
Planejamos para o domingo realizar o percurso de 50 quilômetros entre Guaratinguetá e Cunha. Devido á queda do dia anterior, nossa integrante estava em dúvida se pedalaria conosco naquele dia.

Estávamos todos no café por volta das 6:30 da manhã quando a mesma apareceu toda vestida para pedalar. Não é necessário dizer que nesse momento fizemos uma grande festa e ficamos muito felizes com a decisão dela de não desistir.

Após o café, nos reunimos na porta da Catedral de Santo Antônio para uma foto antes da partida e seguimos rumo à Cunha, um pouco preocupados devido á chuva que caíra na noite anterior e ainda chuviscava. Com isso, estava bastante frio e foi necessário agasalhar para conseguirmos pedalar.

Assim que saímos para pedalar, tivemos a companhia de uma cachorra Sem Raça Definida que não nos abandonava por nada. Foi nos seguindo pelo asfalta e sempre a enxotávamos para que ela não nos seguisse, mas isso foi inevitável. Ela é muito dócil e pelo visto ama bicicletas.

A Menina companheira do Bike de Elite na Estrada Real
Seguimos nosso caminho, deixando para trás a Serra da Mantiqueira e mirando a Serra do Mar. O trecho começa plano, mas sabíamos que à frente enfrentaríamos fortes subidas que nos levariam à 1100 metros de altitude. Estávamos à 550 metros. Essa subida tem aproximadamente 12 quilômetros e estava um pouco mais dificultada devido ao barro e lama que teimavam em grudar nos pneus.

Novamente nesse dia, tivemos por vários momentos a presença de nosso amigo Demis com sua bike carregada de seus pertences, como uma barraca, fogareiro e roupas.

Hélio Filho e a Menina
A nossa amiga que agora já foi gentilmente batizada de Menina, continua firme conosco e o fato curioso é que ela gosta de ficar á frente, bem ao lado de quem está puxando o pelotão.

Nas paradas fazíamos carinho nela e ela retribuía com muita doçura. Durante todo o percurso ela não latiu nem uma vez, exceto quando algum outro cachorro se aproximava do grupo.

O frio aumentava muito e a chuva também não deixava de cair sorrateiramente, encharcando ainda mais a terra e à nós também.

Nossa amiga Menina já demonstrava cansaço e nós estávamos muito preocupado com ela. Por isso, na entrada do bairro Rocinha conseguimos com um morador local que ela ficasse com ele até que ele pudesse a levar de volta para Guaratinguetá ou encontrar alguém que pudesse fazer isso por nós e por ela. Porém, como ela é muito dócil e amável, o morador resolveu a adotar e nós seguimos sem nossa fiel companheira.

Desse ponto até o marco 1320, fizemos um pouco mais rápido por se tratar de um trecho de asfalto com muitos pontos sem acostamento e com a chuva o risco de acidente aumentava muito. Após esse marco retornamos para a parte de terra que estava muito encharcada dificultando ainda mais a subida forte que tivemos que fazer.

O Caminho Velho está no fim
No alto dessa serra avistamos ao longe e à direita nosso destino final do dia, a singela Cunha. Porém teríamos ainda aproximadamente 10 quilômetros de barro para percorrer. E isso é um motivador para muitos, inclusive para mim.

A descida dessa serra estava muito escorregadia, o que careceu de um pouco mais de atenção e cuidado para evitarmos novas quedas. A lama acumulava nos pneus e passadores da bike, mas a diversão era garantida.

Um pouco mais à frente, nos encontramos novamente com nosso amigo Demis que se limpava de uma pequena queda que sofrera, sem nenhum machucado ou avarias, graças à Deus.

Descanso a 2 quilômetros de Cunha
Seguimos rumo aos últimos quilômetros de desafio para o dia e nos deparamos com uma subida bem ingrime, porém asfaltada. No início da subida alguém escreveu a palavra "Força" que me remeteu à um desafio para chegar ao topo do morro e realmente foi. Mas já estávamos bem próximos à Cunha e isso dava força para vencer o desafio.

No final dessa subida asfaltada há um marco de número 1330 informando que faltava pouco mais de 2 quilômetros para chegarmos e finalizar nosso final de semana de cicloviagem. 

Após o registro de algumas fotos e admiração da região, seguimos rumo aos 2 último quilômetros dessa que é nossa penúltima etapa do Caminho Velho.

É muito bom concluir um desafio como esse, mas a sensação é de que não deveria terminar. O desejo de continuar pedalando e concluir de uma vez fala muito alto, mesmo com todos os desafios encontrados.

Ao chegarmos em Cunha, fomos ao encontro do nosso carro de apoio que estrategicamente encontrava-se em uma pousada com restaurante, onde tomaríamos banho, almoçaríamos e embarcaríamos as bikes para o retorno á BH.

O retorno para BH


Sprinter Bike - Nosso carro de apoio
Assim que chegamos à pousada onde nossa van de apoio estava, fomos autorizados a lavar nossas bikes que estavam imundas devido ás chuvas e estrada com barro e lama que passamos. Dividimos a equipe em partes para que algumas pessoas ficassem responsáveis por lavar as bikes, outras realizassem o pedido do almoço, outras fossem adiantando o banho e outras ajudassem no embarque das bikes na van.

Esse processo todo demorou em torno de 2 horas, pois o pessoal da cozinha do restaurante fez algumas confusões e alguns pedidos demoraram a ser atendidos.

Com isso saímos de Cunha já próximo às 17 horas e com isso chegamos em BH por volta das 2 horas da manhã da segunda-feira.
Valdinei Bruzinga - Nosso condutor

A viagem de volta para casa foi muito boa e num clima muito descontraído, possibilitando brincadeiras e assistirmos alguns filmes até chegarmos.

E assim finalizamos nossa oitava etapa do Desafio 100% Estrada Real, já com o desejo de realizarmos o próximo e último trecho do Caminho Velho para então pensarmos no Caminho do Sabarabuçu e Caminho novo.



Que venha a 9ª Etapa do Desafio 100% Estrada Real que condiz com a 6ª Etapa do Caminho Velho, onde sairemos de Cunha e finalizaremos em Paraty e assim nos despediremos do Caminho Velho.  

sábado, 20 de agosto de 2016

15º Dia: Passa Quatro à Guaratinguetá

Caminho Velho da Estrada Real-Passa Quatro
No último final de semana, 20 e 21, fizemos a penúltima etapa do Caminho Velho da Estrada Real. O que era até certo ponto uma utopia está se concretizando e virando já saudades. Em breve fecharemos mais o segundo caminho da Estrada Real, pois já fechamos o Caminho dos Diamantes que leva de Diamantina à Ouro Preto.

Essa etapa foi realizada entre as cidades de Passa Quatro e Cunha.

Foram planejados 72 quilômetros a serem realizados no sábado, saindo de Passa Quatro e passando por Vila do Embaú e Guaratinguetá. Para o domingo foram previstos a realização de 50 quilômetros entre Guaratinguetá e Cunha.

A viagem

Alegria e descontração dentro da Van
O encontro para a viagem estava marcado para as 21 horas da sexta-feira, 19/08, para que pudéssemos iniciar a viagem às 22 horas. Porém devido à um imprevisto com um dos integrantes, tivemos um atraso de 1:40.

Chegamos em Passa Quatro, desembarcamos as bikes da van e tomamos um café. Com isso iniciamos nosso pedal às 07:40 da manhã, quando o previsto era as 7:00. Devido ao atraso da saída, até que não foi grande a perda que tivemos.

O pedal

Estação Ferroviária de Passa Quatro
Como sempre ocorre em nossas cicloviagens, o pedal começou com muita brincadeira entre os membros do grupo, com muita descontração e alegria. O grupo pedalou muito unido, sem que nenhum membro se distanciasse ou desgarrasse do pelotão.

Fomos 17 ciclistas pelas estradas e rodovias entre Passa Quatro e Vila do Embaú com muita organização e harmonia.

Logo no início do dia, encontramos com um ciclista que estava fazendo o trajeto sozinho. Conversamos com ele um pouco e seguimos pedalando pela Estrada Real. Esse ciclista estava com uma bicicleta bem modesta e com bastante peso, mas nos seguiu o dia todo.

Coincidentemente, o Demis, esse é o nome do nosso novo amigo, pernoitaria também em Guaratinguetá e no mesmo hotel que nosso grupo.

Ele sempre estava conosco, apesar de não no nosso grupo. Ele sempre nos passava em algum ponto e nós o passávamos em outros locais. A disciplina e determinação dele são fantásticas.

Mirante Nossa Senhora da Conceição
Paramos no mirante de Nossa Senhora da Conceição, para fotos e um pequeno momento de oração, que se encontra na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Pela primeira vez deixamos a nossa tão querida Minas Gerais e na Estrada Real agora só quando formos fazer o Caminho do Sabarabuçu ou Caminho Novo. Nessa etapa nos manteremos em SP e na próxima e última etapa iniciaremos em SP e finalizaremos no RJ.

Descemos para a trilha da Garganta do Embaú que é o ponto mais baixo da Serra da Mantiqueira. Esse trecho é muito divertido e emocionante, pois conta com uma descida muito forte e ingrime com muita necessidade de habilidade com a bike, uma vez que tem muita curva, muito cascalho solto, pedras grande e muito buracos.

Garganta do Embaú - Vista do Mirante N. Sra. Conceição
Nesse trecho de 3,5 quilômetros, tivemos um acidente com um membro da equipe. Uma de nossas integrantes perdeu o equilíbrio na descida e, infelizmente, veio a sofrer uma queda onde sofreu pequenas escoriações pelo corpo e rosto. Graças à Deus não sofreu nenhum dano maior.

Imediatamente o responsável por fechar o grupo informou, via rádio, do acidente e paramos para esperar que os primeiros atendimentos fossem realizados. Nossa colega estava um pouco confusa no momento, mas fizemos a limpeza dos locais escoriados e curativos para prosseguirmos nossa expedição.

Logo à frente chegamos na Vila do Embaú, onde aproveitamos para descansar, lanchar e refazer os curativos em nossa colega que sofrera a queda.

Os primeiros 33 quilômetros do dia foram cumpridos com um tempo muito bom e estávamos todos muito animados à continuar até Guaratinguetá, onde encontraríamos com nossa van de apoio e descansaríamos para o próximo dia de desafio.

Recompostos, seguimos nosso percurso via Estrada Real. Animados com a possibilidade de chegarmos mais cedo que o planejado, uma vez que a parte mais difícil seria esse que finalizamos.

Bike de Elite no Caminho Velho da Estrada Real
Esse trecho mescla estrada de terra e de asfalto. O que nos preocupou muito foi que os trechos em asfalto não tem acostamento e muitos carros passam perto de nós. Por sermos um grupo grande, o risco de acidente preocupante.

Contudo, o trajeto não exige técnica dos ciclistas e conseguimos manter uma velocidade de pedalada muito agradável. Continuamos com as brincadeiras e diversão. De tempos em tempos parávamos para reagrupar a equipe e pedalarmos com um pelotão mais consistente, minimizando os riscos de acidentes.

Próximo à Lorena, passamos direto na entrada à direita que deveríamos fazer e seguimos mais ou menos 2 quilômetros errados. Até que ao verificar o GPS percebemos o erro e retornamos.

O erro muito se deu devido ao marco 1252 está caído e escondido na entrada da estrada de terra com muito movimento de caminhões. Esse é um ponto de atenção que passamos para a equipe do Instituto Estrada Real.

Entramos nesse trecho de estrada de terra que tem um grande fluxo de caminhões e alguns caminhoneiros não foram muito amigáveis conosco, nos fazendo passar algum aperto (ou como dizemos no meio do ciclismo, passamos rôia).

Desse ponto em diante, seguimos ora por trechos de asfalto ora por trechos de terra. É um percurso sem muitos desafios e que pudemos manter um bom ritmo de pedalada, mesmo não deixando o grupo se desgarrar muito.

Chegamos em Guaratinguetá por volta das 14:30 e fizemos uma pequena confusão para irmos rumo à Catedral de Santo Antônio. A confusão foi mais por não nos orientarmos direito no marco no início da cidade. Deveríamos ter seguido na BR e, por orientação de moradores, descemos para pegar a avenida paralela à rodovia. Mas isso não foi tão prejudicial ao grupo, apesar de que o melhor seria seguir as orientações das planilhas e marcos.