segunda-feira, 15 de junho de 2015

Planejamento da 3ª Etapa

Com o término dessa segunda etapa que, com toda certeza, finalizou com um desejo que quero um pouco mais, chegou a hora de começarmos a pensar na 3ª etapa.

Etapa essa que sairemos da agradável Bom Jesus do Amparo e passaremos por Cocais, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Catas Altas, Santa Rita Durão, Bento Rodrigues, Camargos, Mariana e Ouro Preto.

O desejo de já começar essa etapa fala alto, porém temos que esperar o dia agendado para cumprir com esses 137 quilômetros de pedalas pelas lindas montanhas de Minas Gerais.

Nesse momento as planilhas e documentos da Estrada Real já começam a serem baixados e arquivos no diretório específico para essa etapa.

Uma das situações que assustam a princípio é a descrição da altimetria com o que realmente encontraremos. Olhando pela documentação disponibilizada, parece que não teremos que enfrentar grandes desafios (ao menos é o que nos parece). Mas qual seria o brilho do Montain Bike se não as montanhas?

Trecho entre Bom Jesus do Amparo e Cocais

Essa será o início da nossa pedalada nesse dia e seremos presenteados por um trecho relativamente plano.

Dos 25 KM desse trecho, teremos 7 km de asfalto e os demais por terra com cascalho e algumas valas, cuja boa parte do terremo é plano.

Percorremos por um caminho com mesclagem de plantação de café e florestas de eucalipto que nos acompanharão até Cocais.

Segundo informações esse trajeto a utilização das planilhas é de suma importância, pois é fácil de se perder uma vez que várias estradas são abertas nas plantações de eucalipto.

Há dois pontos de atenção redobrada nas planilhas, sendo o trevo de Bom Jesus do Amparo e a travessia da BR 381 que são de difícil entendimento.

Trecho entre Cocais e Barão de Cocais

Esse trecho requer bastante atenção, uma vez que é composto de muitos entraves como mata burros em descidas, muitos cruzamentos e solo escorregadio em caso de chuva.

O trecho será percorrido entre florestas de eucalipto o que nos proporcionará muita sombra e paisagens sombrias (em algumas épocas do ano).

Segundo informações no marco 451 seremos presenteados pelo Sítio Arqueológico da Pedra Pintada que possui pinturas rupestres de 6.000 anos atrás, além de uma paisagem deslumbrante onde é possível avistar algumas cidades.

Em Barão de Cocais será possível conhecermos as ruínas de Congo Soco uma antiga mina adquirida pelos ingleses no século XIX e que se transformou em uma vila britânica, atualmente é tombada pelo IPHAN.

Trecho entre Barão de Cocais e Santa Bárbara

Esse trecho é bem curto com apenas 14 km e com 4 desses em asfalto, não é um trecho difícil. Passaremos por parte de uma mata fechada o que proporciona bastante sombra.

A pequena Santa Bárbara é uma cidade fundada em 1704 e que nos proporcionará um regresso ao período colonial, além de conter várias igrejas centenárias.

Com certeza será uma fonte de histórias e descobrimentos incríveis. Será um trecho muito tranquilo visto que alguns membros do grupo já fizeram o trajeto em abril desse ano.

Trecho entre Santa Bárbara e Catas Altas

Outro trecho muito bonito e que já é de conhecimento de alguns membros do grupo. O trecho é relativamente plano e muito fácil de ser realizado, exceto pelo cansaço acumulado.

A partir do quilômetro 8 temos uma subida leve mas extensa que pode ser um dificultador dado o cansaço do dia. Esse trecho de aclime é recompensado pela vista da serra do Caraça que vai se agigantando à medida que mais subimos.

Nesse trecho é parada obrigatória o Bicame de Pedra, no marco 505. O bicame de pedra é um aqueduto construído pelos escravos em 1972 e possuí 4 metros de altura com pedras sobrepostas à pressão sem nenhum tipo de concretação.

Por fim chegaremos em Catas Altas, onde repousaremos. Essa cidade é datada de 1703 e é mais uma das cidades mineiras fundadas por bandeirantes em busca de ouro.

A arquitetura da cidade é composta por igrejas e casarões coloniais que dão todo um requinte à mesma e ao fundo é cercada pela imponente serra do Caraça.

Nessa cidade realizaremos nosso descanso para no outro dia fecharmos o Caminho dos Diamantes.

Trecho entre Catas Altas e Santa Rita Durão

Esse trecho é bela singularidade, com boa parte do trajeto plano de onde pode-se visualizar a cachoeira da Santa e a cachoeira do Meio. O caminho até o povoado de Morro d' Águas Quentes é muito fácil e plana.

Entre Morro d' Águas Quentes e Santa Rita Durão o caminho é realizado por cima de uma montanha
de minério com poucas subidas e descidas.

É importante ressaltar que nesse trajeto já uma subida de pouco mais de 4 quilômetros logo após o povoado de Morro d' Águas Quentes em terreno asfaltado que carece de atenção deve ser muito redobrada.

Ao final chegaremos na Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos que foi restaurada pelo IPHAN.

Trecho entre Santa Rita Durão e Camargos

Esse trecho será novidade para todos do grupo, uma vez que nenhum integrante já o fez. Segundo
informações e pela altimetria mostrada no gráfico, o terreno é em grande parte plana, larga e com vegetação rasteira.

Passaremos pelo povoado de Bento Rodrigues, fundado em 1971, com a descoberta de um ribeirão aurífero e tem como atrativo uma igreja com uma magnífica escadaria de acesso e vista privilegiada.

Pelo que aparenta esse será um trecho para descanso das pernas e pouco refresco em relação ao sol devido a pouca ocorrência de sombras.

Trecho entre Camargos e Mariana

Com esse trecho começamos a nos despedir do caminho dos diamantes que finalizará efetivamente em Ouro Preto.

O trajeto entre Camargos e Mariana possui um trecho composto por subidas e descidas leves de aproximadamente 10 quilômetros e uma descida bem forte de pouco mais de 2 quilômetros chegando em Mariana que foi a primeira capital das capitanias de Minas e São Paulo.

A cidade conta com um acervo riquíssimo das mais belas obras do barroco mineiro. O barroco foi uma das formas de expressão artísticas mais visíveis entre o século XVII e a primeira metade do século XVIII no Brasil.

"O Barroco Mineiro nasceu mestiço como seus criadores, filtrando influências de várias partes de Portugal e do Brasil.  Muitas vezes seu esplendor se esconde no interior das pequenas igrejas de paredes de taipa, quadradas e brancas, revelando-se com impacto quando se abrem as portas. É o que acontece, por exemplo, na Igreja de Nossa Senhora do Ó, em Sabará, ou na Capela do Padre Faria, em Vila Rica, e em várias outras construções da primeira metade do século XVIII".
(Saga: a grande História do Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1981, vol. 2-p.127)

Trecho entre Mariana e Ouro Preto

Com esse trecho finalizamos a primeira parte do nosso desafio de 100% da Estrada Real, ou seja, finalizamos o Caminho dos Diamantes chegando em Ouro Preto.

Esse trecho vai requerer muita atenção por parte dos cicloviajantes uma vez que é realizado por estrada asfaltada e não contaremos com os marcos instalados.

Teremos a oportunidade de passar pela Mina da Passagem que é a única mina de ouro do Brasil aberta à visitação.

O trecho termina na antiga capital de Minas Gerais que é um elo de aprendizado entre o civismo e a História de Arte, reconhecido pela UNESCO como Monumento da Humanidade.

Ouro Preto possui magníficos casarões, ladeiras em pedra-sabão e muita história para contar e é aqui que nos despediremos do Caminho dos Diamantes e já começaremos  a pensar no Caminho Velho.

Pontos de Carimbo 

Bom Jesus do Amparo
  • Fernando Gonçalves - Guia Turístico 31 8843-1193

Cocais
  • Sítio Arqueológico da Pedra Pintada
    • De segunda à sexta: 9:00 às 16:00
  • Pousada Vila Cocais
    • De domingo à domingo
  • Pousada das Cores
    • De segunda à segunda: 08:00 às 18:00

Barão de Cocais: Não há carimbos

Santa Bárbara: Não há carimbos

Catas Altas
  • Restaurante Lá Violla
    • De segunda à sexta: 11:00 às 14:30
    • Sábado: 11:30 às 02:00
  • Ecopousada Escarpas do Caraça
    • De domingo à domingo
  • Centro de Atendimento ao Turista
    • De 08:00 às 17:00
Santa Rita Durão: Não há carimbos

Camargos: Não há carimbos

Mariana
  • Centro de Atendimento ao Turista
    • De domingo à domingo: 08:00 às 18:30
  • Pousada Contos de Minas
    • De domingo à domingo
  • Pizzaria Dom Silvério
    • De domingo à domingo: 18:30 às 00:00
  • Câmara Municipal de Marina
    • De segunda à sexta: 08:00 às 18:00
Ouro Preto:
  • Centro Cultural da FIEMG
    • De domingo à domingo: 08:00 às 19:00
  • Centro de Atendimento ao Turista
    • De domingo à domingo: 08:00 às 18:00
  • Museu Casa dos Contos
    • De terça à sábado: 14:00 às 18:00
    • Domingos e feriados: 10:00 às 17:00
  • Secretaria de Turismo
    • De segunda à sexta: 08:00 às 18:00

domingo, 14 de junho de 2015

4º Dia: Itambé do Mato Dentro à Bom Jesus do Amparo


O dia começou por volta das 7 horas da manhã com o café da manhã e partimos rumo à Ipoema. Essa parte nos prepara uma subida, asfaltada, já na saída. O frio já tinha passado bastante e já não havia mais serração e névoa pelas ruas, mas as montanhas estavam frias o que nos remeteu ao uso de blusas e/ou segunda pele.

Foram muitas subidas, como não poderia deixar de ser, até chegarmos na pequena Senhora do Carmo onde paramos para repor um pouco das energias e continuar seguindo rumo à Ipoema, no entanto agora sem asfalto.

Pegamos logo de cara uma montanha para subir, mas as belezas naturais são incríveis e compensa cada pedalada. Os olhos e olhares se perdem em meio de tanta coisa para se observar em pouco tempo, afinal os olhos devem estar a todo momento na estrada para evitar algum tipo de acidente.

Fomos pedalando, nos guiando pelas planilhas e marcos da estrada real até que chegamos em Ipoema. Esse foi o local escolhido para o almoço e também conhecermos o Museu dos Tropeiros. Quanta cultura, quanto conhecimento e quanta dificuldade aquele povo enfrentava para realizarem o seu trabalho e ganhar seu suado pão.

Agora falta pouco, apenas 13 quilômetros. Para alguns pode ser pouco e de fato é, porém a musculatura já estava machucada e a vontade de ficar deitado naquela praça falava mais alto.

Aos poucos fomos saindo em grupos pequenos até que por fim Ipoema ficasse para trás e focássemos nossas atenções em Bom Jesus do Amparo. Local agradável, simples e acolhedor.

Um breve momento de oração e agradecimento na igreja matriz local e finalizava nossa aventura nessa etapa.

Mês que vem tem a terceira etapa na qual pretendemos chegar em Ouro Preto.

O que dizer disso tudo? Não há como descrever por palavras a emoção, a alegria e tudo que vivemos intensamente nesses dias de Estrada Real. Talvez seja melhor eu parafrasear os versos de José Duduca Morais:


"Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esqueces jamais
Oh! Minas Gerais"

sábado, 13 de junho de 2015

3º Dia: Conceição do Mato Dentro à Itambé do Mato Dentro

Começamos nosso dia à 1:00 da manhã na apresentação que ocorreu no estacionamento da drogaria Araújo da Cristiano Machado.
Saímos de BH às xx:xx e chegamos em Conceição do Mato Dentro onde retiramos as bikes da van e tomamos um café da manhã.

Começamos a pedalar às 07:10 rumo ao Morro do Pilar. Nesse caminho passamos por muitos locais bonitos, com um clima de natureza e ar puro de nos deixar esquecer todo e qualquer tipo de problema que tenhamos.

No meio do caminho encontramos com várias pessoas indo para Conceição do Mato Dentro à cavalo, num determinado ponto, estávamos parados descansando em uma sombra, quando o Sr. Geraldo para seu carro e começa a armar uma espécie de bar ambulante. Nós começamos a conversar com o mesmo e de repente foi nos servido uma famosa água que passarinho não bebe. Tomamos algumas doses e entre uma oportunidade e outra, o Sr. Geraldo começou a nos contar várias histórias daquelas terras bem como sua própria história que nos deixou comovidos e emocionados.

Foram muitas subidas e escaladas até chegar em Moro do Pilar, onde fizemos uma parada para o almoço. Quando pensávamos que o trajeto seria mais fácil fomos surpreendidos por muito mais moro e escalas.

Foram vários quilômetros num sol escaldante, com muita subida e lugares lindos. As vezes até nos esquecíamos do desafio que estávamos fazendo e simplesmente curtíamos aquelas lindas paisagens que a estrada real nos proporciona.

As horas foram passando a tarde caindo e logo com ela o anoitecer desse dia 13/06. As lanternas tiveram que ser retiradas da mochilas e então retornamos ao pedal. Subidas, descidas e mais subidas chegamos aos 10 últimos quilômetro.

Ah! Que alívio. Alívio? O pedal passou a ser composto por subidas, pequenas descidas e trechos em linha reta, esse último sempre com muito banco de arreia dificultando a pedalada e exigindo força e perícia ao mesmo tempo. Portanto um desafio a mais para o dia.

Por fim chegamos ao hotel, tomamos um banho e fomos brindados por um jantar típico das montanhas e cidades do interior de Minas Gerais.

Agora vamos descansar que amanhã temos que chegar em Bom Jesus do Amparo...




sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Dia D: 2ª Etapa


Como passou rápido essa semana, quando assustei já estava no dia de preparar para viajar. Será que conseguirei colocar tudo em ordem? Claro, tenho certeza que sim, afinal ainda tenho 24 horas para resolver tudo.

Já estive com a equipe da Van que nos levará até Conceição do Mato Dentro, busquei minha bike, a Mística, na manutenção e agora é preparar o psicológico, pois a semana foi difícil, e colocar tudo no alforge.

Vou levar apenas o básico para não precisar carregar muito peso.

Obrigado meu amigo Ricardo pelos ajustes e alterações na configuração da Mística. Com certeza ela está bem mais preparada que eu para esses 110 km entre Conceição do Mato Dentro e Bom Jesus do Amparo.

Espero encontrar com o amigo Fernando Gonçalves em Bom Jesus do Amparo, pois ele é uma pessoa que incentiva e muito os aventureiros da Estrada Real.

Já organizei o que levar, apenas ainda não coloquei no alforge.

A ansiedade está tomando conta de mim desde quando acordei nessa quinta-feira, tem muitas pequenas coisas a serem acertadas até o momento da partida. Essa noite preciso dormir bem, para poder estar bem disposto no trajeto desse sábado.

Checklist


  1. Planilhas - OK
  2. Pontos de Carimbos - OK
  3. GPS - OK
  4. Câmara Reserva - 2 OK
  5. Powerlink - OK
  6. Kit remendo com cola - OK
  7.  Kit chave alen - OK
  8. Camisa ciclista - 2 OK
  9. Meias - 2 pares OK
  10. Camisa casual - OK
  11. Blusa corta vento - OK
  12. Chinelo - NOK
  13. Rádios - NOK
  14. Máquina Fotográfica - OK
  15. Powerbank - OK
  16. Carregador de celular - NOK
  17. Carregador dos rádios - OK
  18. Carregador da máquina fotográfica - OK
  19. Cartão de memória - OK

terça-feira, 2 de junho de 2015

2ª Etapa: Sem o apoio da Van - Vamos carregando as malas

Num primeiro momento veio o susto, depois lembrei que já tive essa experiência e ela foi muito agradável.

Portanto após recuperado do susto, vamos a algumas dicas que podem fazer a diferença.

A segurança é um item de suma importância em uma cicloviagem, como estamos fazendo em grupo esse quesito já está muito amadurecido. Mas é sempre bom frisar que temos algumas ações a realizar antes da cicloviagem.

Itens a serem verificados:

  • A magrela deve estar revisada: freios, marchas e pneus
  • Ferramentas adequadas para troca e reparo de pneu e câmera
  • Ferramenta para conserto de correntes (powerlink)
  • Uma gancheira reserva não deve faltar a nenhum cicloviajante
  • A escolha do bagageiro é muito importante, principalmente no quesito carga suportada (lembro que é bom levar apenas o essencial) - Levar o mínimo de peso nas costas
  • Cada ciclista é responsável por sua própria segurança. Lembre-se que um acidente pode acabar com a cicloviagem de todos do grupo
  • Consciência de grupo, ou seja, estamos juntos e não vamos nos distanciarmos muitos uns dos outros (ou fora do alcance dos rádios)
  • Conhecer detalhes e obter informações sobre os locais a serem percorridos
Itens de primeiros socorros e demais: água oxigenada, atadura, curativo, protetor solar, repelente e hipoglós (assaduras são comuns em longas distâncias) 

E então o que levar na bagagem? Seja econômico e leve apenas o necessário, o efeito peso pode ser uma barreira maior e quanto mais longo, mais o peso é um desafio
  • Roupas: Fáceis de serem empacotadas e de secagem rápida
    • Leve estritamente o necessário. Se possível usar apenas uma roupa para pedalar (lave à noite e use no dia seguinte), senão for possível leve duas mudas de roupa completas
    • Leve uma muda de roupa para usar quando chegar (peças leves)
    • Para o frio leve um corta-vento com capuz e manga longa (combine com manguito e/ou segunda pele) 
  • Colocar as roupas em sacos plásticos (zip lock ou embalagens de roupa de cama), pois evitaria de serem molhadas em caso de chuva ou travessia em rios
  • Levar uma toalha extra absorvente (toalha mágica) se necessário, pois geralmente nas pousadas tem toalha. Essas toalhas são leves e não ocupam espaço, em caso de chuva pode-se usá-la para se secar e voltar a pedalar

Trilhas: essa eu recomendo que todos deem uma estudada e analisada nas planilhas disponibilizadas pelo Instituto Estrada Real, inclusive com os comentários de cada trecho fornecidos pelo instituto

Trechos que percorreremos:
Nível de experiência e preparo físico dos integrantes do grupo: O ideal é que todos do grupo tenham níveis similares de preparo físico para os trechos definidos.
Como sabemos que isso não é possível em grupos grandes como o nosso é bom lembrarmos que a velocidade e o tempo para percorrer os trechos será estabelecido pelo integrante de menor preparo. Ninguém deve ser deixado para trás ou ser forçado a fazer um esforço físico maior que sua capacidade.

Documentar a viagem: não esqueçam a máquina fotográfica e filmadora. Verifique todo o equipamento antes da viagem: baterias carregadas, espaço nos cartões de memória

O objetivo da cicloviagem é a diversão, curtir com os amigos o prazer da pedalada e chegar ao destino com seu próprio esforço físico. 
É muito recompensador quando se chega ao destino e diz "eu consegui", mas eu recomendo não pensar e ficar olhando o tempo todo quanto falta para chegar, pois assim perde-se a essência da cicloviagem que é a diversão e registro das paisagens por onde se passa.

Recomendações às mulheres
  • Evite viajar no seu período menstrual, além da TPM há o grande desconforto de não haver banheiros à disposição para a sua higiene pessoal
  • Cuidado com a pele (homens também): proteja-se ao máximo. O uso do protetor solar é importante para nós que estaremos por muito tempo exposto ao sol
  • Use o capacete com aba frontal: por menor que seja haverá sempre sombra no seu rosto
  • Use óculos, tanto pela segurança quanto pela proteção
  • Quanto aos cabelos o ideal é mantê-los presos se forem compridos. Use prendedores ao longo de todo o rabo de cavalo ou trança: isso evitará que o cabelo embarace e também o protegerá um pouco mais contra poeira e sol. A bandana ou lenço ajuda a proteger a parte de cima do cabelo, além de proteger os olhos do suor que escorre da testa. Vejam os protetores para cabelos, pois o inimigo é um trio: sol, poeira e suor.
  • Use esmaltes claros, pois os vermelhos darão um aspecto ruim se descascarem (Nem sempre haverá tempo para cuidados com as unhas). Deixem as unhas bem aparadas, com esmaltes claros e use protetor solar também nas mãos, leve uma lixa em sua bagagem
  • A sua bagagem deve conter o mínimo necessário, lembre-se que o peso pode dificultar muito a sua viagem e até mesmo a inviabilizar. Vocês podem combinar entre vocês de dividirem quem leva qual item mais necessário, para evitar que todas levem pesos desnecessários
  • As pernas são as primeiras a sofrerem arranhões, batidas, etc. Para evitar que sua perna fique com hematomas, ou para suavizá-los, use pomadas e gel específicos para essa finalidade. (Eu prefiro usar calças em cicloviagens - protege do sol e pequenos arranhões)
  • Por falar em pernas, faça a depilação poucos dias antes da cicloviagem para que elas estejam perfeitas até o final da aventura.

Esse texto foi adaptado da Revista Bicicleta: http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta.php?vai_fazer_uma_cicloviagem_em_grupo_sem_apoio?_confira_as_dicas_e_coloque_o_pedal_na_estrada.&id=2911